O ex-senador Demóstenes Torres, que foi cassado por 56×19 votos, com cinco abstenções, perdeu com o mandato um bem precioso para alguém em sua situação: a imunidade. O processo retorna à primeira instância, em Goiás, e ele fica sujeito até a prisão, caso o juiz do caso considere necessário. Seus advogados estão tranqüilos: a prisão somente é aplicada no caso de o investigado ameaçar testemunhas, erro que o ex-senador, experiente operador do Direito, não cometeria. Ciente do risco de perder o mandato, Demóstenes começou a esvaziar as gavetas do seu gabinete já na semana passada. José Sarney pediu aos líderes para orientar suas bancadas a não declarar o voto, a fim de evitar a sessão que cassou Demóstenes. Humberto Costa (PT-PE) ficou em pé uma hora, ouvindo e encarando Demóstenes. Renan Calheiros (PMDB-AL) também não se sentou. Seguranças do Senado afirmam terem visto Demóstenes chorando, ao entrar no elevador após a cassação. Mas o advogado dele negou isso.
Fonte: Blog do Claudio Humberto
Fonte: Blog do Claudio Humberto
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