O promotor do julgamento do goleiro Bruno, Henry Vasconcelos de Castro, apresentou, nesta sexta-feira (23), um grande número de provas como argumentos da acusação. Entre elas estão telefonemas realizados pelos réus Macarrão e Fernanda de Castro (ex-namorada de Bruno), laudo do sangue de Eliza encontrado no carro do goleiro e o depoimento de Jorge Luiz Rosa, primo de Bruno que detalha a morte da ex-modelo prestado à polícia em 2010. O promotor ainda disse que a morte de Eliza foi negociada por R$ 5 mil que demorou a ser pago devido ao Flamengo ter atrasado o salário do atleta. O promotor diz que Eliza foi levada a Minas Gerais para ser morta. "Eliza não veio a Minas a passeio como falam essas crápulas. Ela foi sangrada, sequestrada e trazida para Minas onde Bruno e sua turma achavam ser mais fácil dar cabo da vida dela", sentenciou. Segundo Castro, Eliza foi violentada, agredida e subjugada antes de morrer e teria sido atraída com uma porposta "hipócrita" do goleiro. A última ligação feita do celular de Eliza é para Belo Horizonte, cidade para a qual ela foi levada. Depois ela não teve mais acesso o telefone, segundo o promotor. "A partir daí são cinco dias sem uso do celular" até que a ex-amante seja morta, disse Castro.
A Promotoria apresentou aos jurados os registros de telefonemas do celular de Macarrão, amigo de Bruno e também réu no processo. Uma ligação é feita em 4 de junho de 2010, às 20h40, do celular de Macarrão para Eliza. Macarrão ligou seis vezes para o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, em 10 de junho de 2010, dia em que Eliza foi morta, segundo o Ministério Público. Um dos telefonemas para Bola, que também é réu no processo, apontado como executor da ex-amante de Bruno, ocorreu às 20h22, hora em que Eliza foi levada para a morte, segundo a Promotoria. O promotor usou o depoimento do primo de Bruno para sustentar sua acusação. A hora que o Macarrão falou que o Bruno é um babaca eu rendi ela (sic). "Foi tudo combinado. Eu rendi a Eliza com a arma aí ela tentou pular do carro em movimento porque o Macarrão esqueceu de fechar. Daí nessa hora eu dei três coronhadas na cabeça dela", disse Castro ao ler o depoimento de Rosa. Ainda de acordo com o promotor ao chegar na cidade de Vespasiano, também em Minas' Bola deu uma gravata e chutou as pernas de Eliza para que ela perdesse o equilíbrio. "Ela ficou com olhos de sangue, segundo o relato do Jorge. A língua foi para fora, ela estremeceu um pouco mais e não se movimentou", disse. Para Castro Macarrão foi fundamental para a morte da ex-modelo já que a imagem de Bruno não podia ser manchada e era necessário alguém que fizesse o serviço de forma discreta. O júri chegou a ser interrompido por 20 minutos devido ao boato de que o goleiro Bruno teria tentado suicídio na penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, sudeste de Minas (mesmo lugar onde está ocorrendo o julgamento). No momento em que o boato foi divulgado a juíza chegou a proibir a entrada de jornalistas no plenário. A notícia foi desmentida pela Secretaria de defesa Social de Minas Gerais que disse que o diretor-geral do presídio confirmou que Bruno está bem.
Fonte: G1
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