O nordestino Cirley Santos, espancado por um grupo jovens que se autointitulam “skinheads” neste sábado (27) em Niterói, Região Metropolitana do Rio, garante que já havia sendo perseguido pelo bando há algum tempo. Em entrevista ao jornal Extra, ele disse que se tornou alvo desde que passou a se interessar por músicas jamaicanas. “Eles me chamaram de nordestino de merda antes de me atacar. Gritaram o nome de (Adolf) Hitler. Essa não foi a primeira vez que fui atacado por um deles. Às vezes, esbarrava com eles em alguns shows. Desde que eu passei a assumir minha paixão por músicas jamaicanas, me tornei alvo. A primeira vez que fui agredido foi há mais ou menos um ano. Foi porque eu estava com uma blusa que tinha a bandeira da Jamaica”, contou. De acordo com Cirley, que nasceu em Natal, Rio Grande do Norte, a abordagem deste sábado aconteceu enquanto ele distribuía currículos. Dois homens o teriam agredido com socos e fugido em seguida. A vítima, no entanto, conseguiu pedir ajuda a guardas municipais que estavam perto da Praça Arariboia, no centro de Niterói. Os agentes encontraram os agressores dentro de um carro Peugeot preto, próximo ao local. No veículo, estava o restante do grupo, um soco inglês, duas facas, um bastão, bandeiras e panfletos com suásticas estampadas. Os jovens vão responder pelos crimes de intolerância de cor, raça, etnia e religião, fabricação, comercialização ou veiculação de símbolos, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizam a cruz suástica para divulgação do nazismo, lesão corporal, formação de quadrilha e corrupção de menores. (Bahia Notícias)
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