Estudo da Faculdade de Medicina da USP, em colaboração com a Universidade Harvard, dos EUA, revela que uma mutação herdada do pai está na origem de parte dos casos de puberdade precoce. Tumores e malformações podem levar ao problema, que atinge as meninas antes dos oito anos e meninos antes dos nove, mas para a maioria dos afetados ainda não há causa definida. O estudo também aponta que a obesidade e outros fatores ambientais, como adoção, aumentam o risco de o transtorno aparecer. Pessoas com esse problema têm mais risco de ter baixa estatura, obesidade, diabetes e câncer. No estudo, os pesquisadores sequenciaram o genoma de 40 membros de 15 famílias do Brasil, EUA e Bélgica e, 32 deles com puberdade precoce. O material genético foi enviado para análise nos EUA e cinco das 15 famílias tinham mutações no gene MKRN3, proteína que inibe a secreção hormonal na infância. O trabalho, publicado no "New England Journal of Medicine", será apresentado no Encontro Anual da Sociedade Americana de Endocrinologia em San Francisco (EUA), no dia 17. Informações da Folha.