BRASÍLIA - O Ministério da Saúde chegou a selecionar para o programa Mais Médicos um profissional estrangeiro suspeito de exercício ilegal da medicina. Trata-se de José Miguel Arregui Arata, que iria para Bonito, na Bahia. Em 2005, um site chileno noticiou que ele foi preso na cidade de Angol, no Chile. No fim de semana, o blog "Construindo Pensamentos" recuperou a história. No mesmo dia, o Ministério da Saúde informou que ele tinha sido barrado no programa e divulgou uma nova lista em que o nome dele não aparecia mais.
A nova lista também excluiu o nome de outra médica estrangeira, Jelena Cvetkovic. Assim, a lista com 1.618 médicos, entre brasileiros e estrangeiros, selecionados para o programa caiu para 1.616.
Em resposta à publicação da história de Arata no Twitter, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, tuitou no sábado, dizendo: "foi barrado,assim como todos os outros que inscreveram CRMs inválidos". Também informou: "veja lista inteira, verá que dependiam de entrega de documentos para emissão de passagem e aval pelas universidades. Foi barrado aí".
A nova lista, sem o nome de José Miguel Arregui Arata, tem ainda vários médicos brasileiros e estrangeiros com documentação pendente. Com exceção dele, todos que estavam nessa situação na lista anterior ainda se encontram desse jeito. Ou seja, excetuando-se o possível caso de Arata, ninguém com documentação pendente foi eliminado até agora.
A outra eliminada, Jelena Cvetkovic, aparecia na lista dos médicos estrangeiros que já entregaram toda a documentação necessária. O Ministério da Saúde informou que foi alertado pela embaixada da Sérvia de que ela já tinha cumprido pena. A pasta diz que não tem detalhes sobre o caso, mas que a denúncia contra ela seria por tráfico internacional de drogas. Na sexta-feira à noite, o ministério decidiu acionar a Polícia Federal. A participação de Jelena está suspensa até um retorno da PF sobre a situação dela.
Fonte: Jornal O Globo