O auxiliar de serviços, Caio Silva de Souza, 23 anos, suspeito de acender e soltar o rojão que matou um cinegrafista da TV Bandeirantes em um protesto no Rio de Janeiro, na última semana, foi preso na madrugada desta quarta-feira (12), em uma pousada na cidade de Feira de Santana, na Bahia.
Procurado desde a noite de segunda (10), quando a Justiça do Rio decretou sua prisão temporária, o suspeito foi encontrado em uma pousada chamada Gonçalves, próximo da rodoviária da cidade por volta das 2h. Ele não ofereceu resistência. O voo que leva Caio para o Rio de Janeiro chegou ao aeroporto do Galeão às 8h40 de hoje, de onde será levado para a Cidade da Polícia, no Jacarezinho.
A prisão foi feita pelo delegado que investiga o caso, Maurício Luciano de Almeida e Silva, da Polícia Civil do Rio. Ele estava acompanhado do advogado de Caio, Jonas Tadeu, que também defende outro rapaz envolvido no caso, Fábio Raposo, que está preso.
Caio Souza contou após a prisão que pretendia fugir para a casa de um avô no Ceará, quando foi convencido por telefone pela namorada a se entregar à polícia. Apontado como responsável por acender e posicionar o rojão que causou a morte do cinegrafista Santiago Andrade, ele alegou logo após a prisão que não sabia que o artefato era um rojão e sim o explosivo conhecido como "cabeção de nego". Ele pediu ainda desculpas pela "morte de um trabalhador", como ele próprio, sua mãe e seu pai.
O jovem que estava em Feira tem quatro passagem na polícia carioca. Em 2008, deu queixa dizendo ter sido agredido pelo irmão. Em 2010, foi levado duas vezes à delegacia por suspeita de porte de drogas. E em 2013, disse a polícia que tinha sido agredido em um protesto no Centro do Rio. Caio e Fábio foram indiciados por homicídio doloso qualificado por uso de artefato explosivo e crime de explosão. Se condenados, podem pegar até 35 anos de prisão. (G1)