Possibilidade do Brasil ficar fora da Copa de 2018 nunca foi tão real

A humilhação do Brasil diante da Alemanha, nesta Copa do Mundo, deve ser utilizada como uma lição para os próximos anos. O resultado de 7 a 1 levou a seleção ao fundo do poço na história do futebol brasileiro. Manchetes dos jornais de todo o mundo destacam o resultado, apontando para uma decadência do futebol que mais títulos mundiais conquistou. A CBF, neste cenário de destruição, deve utilizar esta derrota como aprendizado. E se preocupar em relação às Eliminatórias para a próxima Copa, em 2018, na Rússia. Diante da boa atuação das equipes sul-americanas neste Mundial no Brasil, a comissão técnica que estiver no comando da seleção terá de montar uma equipe estruturada, que supere este trauma e tenha condições técnicas e psicológicas para classificar o Brasil para o próximo. Muitos resultados
inesperados têm assolado a seleção brasileira nos últimos anos. E, se nada for feito, um novo vexame está à espreita. Uma reestruturação pensada, com planejamento rígido e critérios na convocação, se faz necessária para que novas decepções não se repitam desta maneira. A ameaça de o Brasil não se classificar pela primeira vez para uma Copa é uma realidade que deve ser encarada. É necessário um critério rigoroso para a escolha do treinador, dos jogadores e dos métodos de treinamentos da equipe. Além de uma mudança nos conceitos das categorias de base de muitos dos grandes clubes brasileiros, em que jogadores são trabalhados apenas com vistas ao lucro imediato, visando a uma transferência para o exterior. Há ainda uma clara defasagem dos nossos treinadores em relação aos do futebol europeu. Fora dos gramados, faltam a ousadia, a inventividade e a alegria que tanto caracterizaram o estilo brasileiro dentro deles. Até mesmo a ideia da contratação de um técnico estrangeiro de ponta para comandar o time não deve ser descartada. Afinal, os técnicos de fora estão entendendo mais o futebol brasileiro do que aqueles que atuam em território nacional. Armam equipes versáteis, valorizando a qualidade do jogo, o ímpeto ofensivo e a fluência do jogo muito mais do que aqueles que trabalham no futebol pentacampeão mundial. O Brasil não perdeu a qualidade de seu futebol. O país continua formando grandes jogadores. Mas a forma como eles estão sendo utilizados na seleção indica que este potencial não está sendo utilizado da maneira correta. Uma reformulação planejada não só é fundamental, como urgente. E que ela tenha como objetivo florescer o real potencial do nosso futebol. Para que o povo não tenha de suportar mais um grande fracasso neste esporte, que sempre foi o símbolo do qual o país mais se orgulha. E para que este orgulho não se torne apenas uma linda lembrança do passado.

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