A lama de rejeitos de minério que vazou da barragem da Samarco – cujos donos são a Vale a anglo-australiana BHP Billiton – em Mariana (MG) deve ter chegado ao sul da Bahia, inclusive à região do arquipélago de Abrolhos, de acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Abrolhos é um dos principais santuários brasileiros de flora e fauna marinhos.
Em novembro, a ministra do Meio Ambiente, tinha dito que não havia expectativa de que a lama chegasse a Abrolhos. O rompimento da barragem da Samarco ocorreu em 5 de novembro de 2015 e causou uma enxurrada de lama no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, na região Central de Minas Gerais. A lama chegou ao mar pelo Rio Doce, depois de ter passado por municípios mineiros e do Espírito Santo.
Em entrevista nesta quinta, a presidente do Ibama, Marilene Ramos, afirmou que, devido ao vento, a mancha que estava se espalhando no litoral sul do Espírito Santo também foi para o norte e chegou até a região de Porto Seguro e Abrolhos, na Bahia.
“Hoje fizemos um sobrevoo na região das praias do sul da Bahia e do parque de Abrolhos e já registramos a presença de lama que, pelo aspecto visual, pela forma que foi avistada nesse sobrevoo, tudo indica que seja a própria mancha, bastante diluída, que está se estendendo ao longo do litoral do Espírito Santo”, disse.
Segundo ela, a Samarco foi notificada para iniciar a coleta de amostrar na região para conhecer a origem da mancha identificada no local. O resultado deve ser conhecido em cerca de dez dias, de acordo com Marilene. Ela disse, no entanto, que técnicos que conhecem o local “tiveram praticamente certeza” de que a lama visualizada é oriunda do desastre em Minas Gerais.
Por meio de nota, a Samarco informou que disponibilizando sistematicamente recursos como aeronaves e imagens de satélite”. De acordo com a nota, a empresa disponibilizou aos órgãos ambientais uma aeronave para sobrevoo até a região de Abrolhos para a avaliação da condição de dispersão de sedimentos. A Samarco também informou que o material observado na região sul da Bahia é uma parte diluída da pluma, misturada aos sedimentos da foz do Rio Caravela e demais sedimentos da região.
O presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Cláudio Maretti, disse que “muito provavelmente” a lama no litoral sul da Bahia é aquela oriunda do desastre em Minas Gerais. “A observação de campo dá indícios da conclusão de que, muito provavelmente, está ligado à lama do Rio Doce, que provém do desastre em Mariana”, disse. G1
Em novembro, a ministra do Meio Ambiente, tinha dito que não havia expectativa de que a lama chegasse a Abrolhos. O rompimento da barragem da Samarco ocorreu em 5 de novembro de 2015 e causou uma enxurrada de lama no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, na região Central de Minas Gerais. A lama chegou ao mar pelo Rio Doce, depois de ter passado por municípios mineiros e do Espírito Santo.
Em entrevista nesta quinta, a presidente do Ibama, Marilene Ramos, afirmou que, devido ao vento, a mancha que estava se espalhando no litoral sul do Espírito Santo também foi para o norte e chegou até a região de Porto Seguro e Abrolhos, na Bahia.
“Hoje fizemos um sobrevoo na região das praias do sul da Bahia e do parque de Abrolhos e já registramos a presença de lama que, pelo aspecto visual, pela forma que foi avistada nesse sobrevoo, tudo indica que seja a própria mancha, bastante diluída, que está se estendendo ao longo do litoral do Espírito Santo”, disse.
Segundo ela, a Samarco foi notificada para iniciar a coleta de amostrar na região para conhecer a origem da mancha identificada no local. O resultado deve ser conhecido em cerca de dez dias, de acordo com Marilene. Ela disse, no entanto, que técnicos que conhecem o local “tiveram praticamente certeza” de que a lama visualizada é oriunda do desastre em Minas Gerais.
Por meio de nota, a Samarco informou que disponibilizando sistematicamente recursos como aeronaves e imagens de satélite”. De acordo com a nota, a empresa disponibilizou aos órgãos ambientais uma aeronave para sobrevoo até a região de Abrolhos para a avaliação da condição de dispersão de sedimentos. A Samarco também informou que o material observado na região sul da Bahia é uma parte diluída da pluma, misturada aos sedimentos da foz do Rio Caravela e demais sedimentos da região.
O presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Cláudio Maretti, disse que “muito provavelmente” a lama no litoral sul da Bahia é aquela oriunda do desastre em Minas Gerais. “A observação de campo dá indícios da conclusão de que, muito provavelmente, está ligado à lama do Rio Doce, que provém do desastre em Mariana”, disse. G1