Garoto morreu após receber anestesia para fazer exame (Foto: Reprodução/ TV Subaé) |
A criança morava no Povoado de Cabeceira do Rio, município de Utinga, na região da Chapada Diamantina, e distante cerca de 300 km de Feira de Santana. Conforme a família, o garoto viajou só para fazer esse exame, que custou R$ 1.430. Os familiares do menino ainda não sabem o que provocou a morte dele. Os pais aguardam o laudo do Instituto Médico Legal (IML) para saber o que provocou a morte da criança. O prazo é que o documento fique pronto em 45 dias.
A lavradora Gesibel Lemos da Mota, mãe do menino Gilberto, relatou que ela e o filho chegaram à clínica, onde o procedimento foi feito por volta das 8h30. Em seguida, segundo Gesibel, uma enfermeira fez uma espécie de entrevista para saber se o garoto tinha algum tipo de alergia. A mãe disse que não tem conhecimento de nenhuma rejeição do garoto a medicamentos e relatou que ele tomava remédio controlado.
Criança tinha 10 anos (Foto: Reprodução/ TV Subaé) |
Conforme a mãe, o garoto Gilberto já tinha passado por uma cirurgia no olho e outra no braço e não teve problemas. "Ele já fez um exame do olho, que ele tinha catarata congênita, fez cirurgia e não aconteceu nada. Fez uma cirurgia há pouco tempo do braço, que quebrou brincando de bicicleta, graças a Deus não aconteceu nada. Veio acontecer simplesmente aqui, em uma simples ressonância. Vim trazer meu filho para fazer um exame para saber o que ele tem realmente e perdi meu filho", lamenta a lavradora.
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Gilberto era o único filho de Gesibel e do marido. "Meu filho era a alegria da minha casa, era tudo na minha vida", disse.
A família informou que o garoto tinha dificuldade para falar, problemas de visão e raciocínio lento, por isso o médico que acompanhava a criança solicitou uma ressonância magnética do crânio. Conforme a o pai de Gilberto, o lavrador Gildásio Martins, foi o próprio neurologista que indicou a clínica em Feira de Santana onde o procedimento foi feito.
Em nota, a clínica onde o caso aconteceu informou que o exame de ressonância magnética com sedação anestésica é realizado de forma rotineira e que qualquer procedimento feito sob indução anestésica tem riscos.
Ainda em nota, a unidade médica afirma que, durante o exame, a criança apresentou um quadro de parada cardiorrespiratória e que, imediatamente, os profissionais da clínica fizeram todos os procedimentos para tentar reanimar o garoto, mas não conseguiram. Segundo a clínica, não houve uso das substâncias conhecidas como "contraste" e isso afastaria a hipótese de uma reação alérgica.
O garoto Giberto será enterrado às 15h, na cidade de Utinga, onde morava com a família. (G1/BA)