O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e seu ministro da Economia, Paulo Guedes, já disseram em público que não havia a possibilidade de renovação do auxílio emergencial para 2021. O benefício foi pago de abril de 2020 a dezembro do mesmo ano.
No entanto, parece que o Governo federal está mudando de opinião em relação ao assunto, mas para que o benefício volte a ser pago, Bolsonaro disse que deve atender aos limites orçamentários do governo.
O jornal Valor Econômico afirmou que ouviu membros do governo dizerem que Bolsonaro não quer contrariar o planejamento de gastos estabelecido por Guedes e assim causar um desconforto para o ministro.
Uma saída para o presidente trazer de volta o pagamento do auxílio seria aprovar a PEC Emergencial e assim conseguir mais recursos para serem usados na prorrogação do benefício.
Tudo depende de como ficará a disponibilidade de crédito da União, visto que o valor não poder ultrapassar os gastos que o órgão já tem. A conta deve bater com o valor que é arrecadado pela instituição.
O auxílio terminou no final de dezembro de 2020, mas antes disso o ministro Paulo Guedes já vinha dizendo que não seria possível renovar o benefício. Os valores pagos pelo governo começaram com 5 parcelas de R$ 600 e depois foram reduzidas para R$ 300. Esse valor foi pago a trabalhadores que estavam desempregados, autônomos e microempreendedores.
Houve também parcelas de R$ 1.200 para mães que eram chefes de família, benefício que depois foi reduzido para R$ 600.
Guedes chegou a afirmar que o benefício só voltaria a ser pago caso a taxa de mortalidade causada pela pandemia voltasse a atingir a média móvel de 1.000 mortes diárias.
Nas últimas atualizações do consórcio de notícias e informações do Ministério da Saúde, essa média foi atingida por 5 dias seguidos.
Bolsonaro afirmou que Brasil está quebrado
Bolsonaro chegou a dizer que o país estava quebrado e não poderia fazer nada para conter a crise que se instaurou depois da chegada do coronavírus que atingiu a economia mundial.
A fala de Bolsonaro soou mal para o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que considerou a declaração do presidente como "desalentadora".
Ele disse também que Bolsonaro não tinha condições para continuar governando o país, pois o mesmo não apresenta nenhum plano para prosseguir no cargo por mais dois anos.
A situação para Bolsonaro tem cada vez mais piorado depois da crise sanitária que ocorreu em Manaus por falta de insumos hospitalares, entre eles o mais importante para o tratamento de pacientes com coronavírus em casos graves, o oxigênio.
Depois deste episódio, inúmeros pedidos de impeachment foram registrados na Câmara contra o presidente. (blasstingnews)